São Paulo, domingo, 2 de abril de 1995 |
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'Queima' de combustível dispara por conta do real
AURELIANO BIANCARELLI
Foram 249,3 milhões de litros de gasolina vendidos a mais em 30 dias. Os dados são do Sindicom, Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes. Se os carros fizerem em média 8 km com um litro, pode-se concluir que o brasileiro rodou em janeiro deste ano 1,99 bilhão de km a mais. Distância equivalente a 26.550 voltas à Terra. Segundo a Petrobrás, as vendas de combustíveis no Estado de São Paulo em todo o ano de 94 foram 8% superiores às de 93. O consumo de combustível e o deslocamento das pessoas refletem tanto as subidas e descidas da economia que um novo indicador está sendo criado pela Fipe, Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP. O novo indicador se alimenta dos números que retratam o movimento nos ônibus, metrô, terminais rodoviários, pedágios das rodovias, consumo de combustível e até impulsos telefônicos. "Quando você tem mais negócios acontecendo, há mais contatos e mais deslocamentos", diz Carlos Roberto Azzoni, professor da USP e presidente em exercício da Fipe. O princípio é simples. "O deslocamento de pessoas e cargas tem um custo em combustível e tempo. Se o retorno é baixo, as pessoas e as empresas procuram evitar as viagens. Se há aquecimento, ocorre o contrário." O índice ainda está sendo elaborado, mas já revelou que, de 1992 a março passado, a taxa subiu 27 pontos. (AB) Texto Anterior: Estado promete investimentos de US$ 4,6 bilhões Próximo Texto: Caos das ruas desce para as linhas do metrô Índice |
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