São Paulo, domingo, 2 de abril de 1995
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Metade vota sob lei de emergência

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Cerca de metade dos eleitores peruanos vão votar no próximo domingo em áreas nas quais vigora o estado de emergência.
Imposto em várias do país durante o combate contra a guerrilha, o estado de emergência permite que as autoridades suspendam alguns direitos constitucionais.
Entre os direitos que podem ser suspensos estão a proteção contra busca e detenção sem mandado ou acusações e as liberdades de movimento e reunião.
Para a Comissão de Direitos Humanos, 45 províncias -que representam 21,8% do território e 43,8% da população- estarão sob estado de emergência no dia da eleição presidencial.
"O processo eleitoral poderia e deveria ter lugar em circunstâncias melhores", afirma relatório da organização não-governamental.
"Há algum tempo, o terrorismo deixou de ser um fator de desestabilização no país e o governo já fala no seu desaparecimento", prossegue o texto.
"Na maioria das áreas sob estado de emergência, ataques não foram relatados em meses. Assim é possível enfrentar o terrorismo com métodos racionais e seletivos que não afetam direitos e liberdades individuais e coletivos."
Espera-se que cerca de 12,4 milhões de peruanos votem em 14 candidatos presidenciais e cerca de 2.400 candidatos a postos no Poder Legislativo.
A maioria das províncias sob estado de emergência estão nos Departamentos de Cuzco, Huanuco e San Martin.
Em Lima e Callao, onde vivem quase um terço dos peruanos, o estado de emergência foi prorrogado por mais 60 dias.

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