São Paulo, domingo, 2 de abril de 1995 |
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Bambas na corda bamba
CLAUDIA GONÇALVES A história dos oito integrantes do grupo Acrobático Fratelli parece poema de Drummond com final feliz. Luiz Ramalho, 32, conheceu Kiko Belucci, 31, e André Caldas, 28, que conhecia Guto Vasconcelos, 29, que era irmão do Paulo, 31, o clown. Então chegou Felipe Matsumoto, 30, que era amigo de Kiko. André chamou seu irmão, Kiko Caldas, 26, e todos se entenderam.Tanto que o grupo de circo-teatro -como eles se autodenominam- deve permanecer pelo menos até outubro em cartaz com o espetáculo "Uma Noite e Tanto", no Teatro Mars, em São Paulo. "Este é um espetáculo feliz porque todo mundo está fazendo o que sonhou. Criamos um oásis para que um monte de artistas pudesse se expressar, coisa rara neste país", orgulha-se Paulo. Além de acrobacias, "Uma Noite e Tanto" traz também dança, teatro e música. Antes de unirem sonhos e vocações no Galpão Acrobático Fratelli, escola criada pelo grupo em 91, sete dos oito integrantes da trupe passaram pelo Ornitorrinco, de Cacá Rosset. Hoje, só Paulo atua com a companhia na peça "A Comédia dos Erros". E todos ganham a vida apenas com acrobacias. Adeptos de uma tendência denominada "new circus" -o circo novo, que não usa animais e mescla várias linguagens artísticas- os oito intrépidos dizem não temer os riscos que correm diariamente. "A gente não tem medo de cair do trapézio, mas sim de deixar cair os malabares e estragar o número", declara André. Texto Anterior: Denise, coriféia do submundo Próximo Texto: Macumba e piruetas na TV alemã Índice |
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