São Paulo, sexta-feira, 7 de abril de 1995
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Força e empresários se unem

FERNANDO CANZIAN
DA REPORTAGEM LOCAL

As maiores lideranças empresariais do país querem se unir aos trabalhadores nas manifestações do próximo Dia do Trabalho, em 1º de maio. Juntos, capital e trabalho querem pressionar governo e Congresso para a aprovação das reformas tributária, da Previdência Social e quebra dos monopólios estatais. Os empresários afirmam que vão "subir em caminhões de som" pelas reformas.
As manifestações devem unir a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e outras lideranças empresariais a sindicatos ligados à Força Sindical -presidida pelo sindicalista Luiz Antônio de Medeiros.
"Vamos nos juntar aos trabalhadores para ter um país moderno", diz Antonio Ermírio de Moraes, do grupo Votorantim. "Caminharemos juntos para tirar o entulho da Constituição", diz Max Schrappe, presidente em exercício da Fiesp.
Os empresários reuniram-se ontem com os trabalhadores no "Café para as Reformas", promovido pela Força Sindical e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, para começar a preparar as manifestações.
Para Medeiros e Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (ligado à Força Sindical), o Dia do Trabalho conjunto será "a queda do muro de Berlim" entre capital e trabalho.
O "Café para as Reformas", no Palácio do Trabalhador (prédio do Sindicato dos Metalúrgicos), reuniu cerca de cem empresários e trabalhadores.
O empresário Nildo Masini, presidente da Aços Ipiranga, disse que não ficaria "constrangido" em subir em palanques ou caminhões de som com trabalhadores. Elvio Aliprandi, presidente da ACSP, concorda: "Temos que ir juntos às ruas para mudar o país".

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