São Paulo, domingo, 16 de abril de 1995
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FISIOLÓGICAS

NELSON TRAD

"O Fernando Henrique pensava em fazer uma revolução, mas não tinha modelo para substituir. É assim no mundo todo. Isso é poder"
(Deputado João Almeida, PMDB-BA)

"Se o Collor tivesse distribuído cargos desde o início, não teria chegado ao impeachment. O Fernando Henrique vai ter que entrar nesta política"
(Arnaldo Faria de Sá, PFL-SP)

"O Collor disse que ia governar com o povo, igual ao FHC. Quero ver se o povo vem votar"
(Deputado Roberto Jefferson, PTB-RJ)

"O presidente não vai entrar no jogo do toma-lá-dá-cá"
(FHC, há duas semanas)

"Temos que resolver logo este varejo, sem envolver o presidente nisso"
(Senador Élcio Álvares, líder do governo, comentando a declaração do presidente)

"Aqui não é colégio de freiras"
(Deputado Luís Carlos Santos, do PMDB-SP, líder do governo na Câmara)

"Deputado contrariado deixa de votar, fica doente, desaparece"
(Deputado Humberto Souto, do PFL-MG, líder do governo Collor)

"Cargo dá voto para diabo"
(Ex-deputado Roberto Cardoso Alves, que popularizou a expressão "é dando que se recebe' durante o governo Sarney)

"Queremos cargos sim. Fizemos o governo para participar. Isto é da essência do sistema"

"Não há um número assustador de pedidos. Eu mesmo não recebi em 15 dias mais que cem casos"
(José Abrão, assessor do Palácio do Planalto encarregado de atender os políticos)

"Não temos prática em política de aliança. Cada um fica querendo dar cotoveladas no outro"
(Artur da Távola, presidente do PSDB, partido do presidente)

"O Ministério da Saúde é fonte de reprodução de votos. Abrange um território inesgotável como filão de votos"

"Na oposição, ninguém pede emprego, porque você não tem emprego para dar"
(Deputado Nestor Duarte, PMDB-BA)

"Você indica diretores que estão associados aos seus interesses"
(Deputado Arolde Oliveira, PFL-RJ)

"Precisamos de espaço para atender o nosso pessoal. Quem fala que não quer cargo é um fingido. Não tem recurso para todos. Quem pode mais, chora menos"
(Valdemar Costa Neto, líder do PL)

"Uma empresa de água eficiente, com capacidade de investimento, vai obter o reconhecimento político. É assim que se elegem os prefeitos"
(Deputado Luiz Henrique, de SC, presidente nacional do PMDB)

"É a política da clientela. Fiz isso nos primeiros anos como deputado. Hoje, não faço mais. É uma injustiça o que dizem"
(Senador Humberto Lucena, PMDB-PB)

"O jogo mais pesado é o financiamento de campanha"
(Senador Gilvan Borges, PMDB-AP)

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