São Paulo, domingo, 16 de abril de 1995
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Santinha compreensiva

A certa altura da campanha eleitoral do ano passado, o então presidente Itamar Franco chamou seu amigo Raul Belém, deputado federal, e disse que estava disposto a dar um sinal de apoio à candidatura de Hélio Costa ao governo mineiro. Mas, ressaltou Itamar, o vice da chapa de Costa precisaria ser o próprio Belém.
O amigo retrucou que poderia aceitar, mas fez uma sugestão:
- O Hélio será o candidato agora e você, Itamar, concorre ao governo de Minas em 98.
O presidente balançou a cabeça negativamente e tirou de dentro da camisa uma santinha. Mostrou-a a Belém e disse, com o ar grave:
- Já prometi à santinha que nunca mais serei candidato a qualquer coisa.
Mais tarde, Belém ligou para outro amigo de Itamar, Marcelo Siqueira, em Juiz de Fora e, preocupado, relatou a promessa do presidente.
Siqueira ouviu e não se abalou:
- Não se preocupe, Belém. Essa santinha vem perdoando as promessas quebradas do Itamar há mais de 20 anos!

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