São Paulo, terça-feira, 18 de abril de 1995
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Mercado financeiro é debatido

DA SUCURSAL DO RIO

O aumento, no mês passado, da taxação sobre automóveis e outros produtos importados será utilizado pelo governo brasileiro para reforçar a necessidade de criação de mecanismos de estabilização do mercado financeiro internacional.
A criação destes mecanismos será um dos pontos das conversas que o presidente Fernando Henrique Cardoso terá, a partir de hoje, nos Estados Unidos.
O porta-voz da Presidência, Sérgio Amaral, afirmou que, se houvesse no mercado financeiro "instrumentos de salvaguarda e de proteção das economias", o governo brasileiro não teria tido necessidade de elevar a taxação sobre os importados.
Compatível
Amaral afirmou que a elevação das alíquotas sobre produtos importados foi compatível com as normas de organismos de comércio internacional e é "inteiramente compreensível à luz da instabilidade dos mercados financeiros e de episódios como o do México".
Ele procurou relacionar a necessidade de controle do sistema financeiro com a importância de garantir a abertura das economias de diversos países.
Segundo Amaral, isto ficou comprovado com a crise ocorrida no México a partir de dezembro passado. A crise foi provocada pela fuga em massa de dinheiro estrangeiro investido no mercado financeiro mexicano.
Apesar do interesse sobre o tema, Amaral afirmou que FHC não transformará a criação destes mecanismos de controle em uma "reivindicação". "Isto é do interesse de todos os países", disse.
Amaral procurou minimizar as pendências do Brasil com os EUA. Negou que a demora do Congresso Nacional em aprovar a nova Lei de Patentes seja um complicador nas relações entre os dois países.
Afirmou que o Brasil deu "um grande passo" no reconhecimento da propriedade intelectual ao assinar e transformar em lei o acordo do Gatt (organismo que regulamenta o comércio internacional) sobre patentes.

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