São Paulo, terça-feira, 18 de abril de 1995 |
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Consumo em queda acirra a concorrência
MÁRCIA DE CHIARA
A avaliação é de Wilson Tanaka, presidente do Sincovaga, que reúne os pequenos supermercados. "O tamanho do bolo já está definido. Agora o que se disputa é tamanho da fatia", diz Tanaka. Depois de um registrar vendas fracas em janeiro e fevereiro e nenhuma reação nos negócios em março, os supermercados, explica, estão partindo para as promoções. Valdemar Machado Júnior, diretor do grupo Pão de Açúcar, faz questão de frisar que não se trata de uma promoção. "O Dura-Preço é um programa de longa duração." Até o final do ano, a empresa pretende ampliar essa estratégia para até mil itens. Segundo Machado Júnior, produtos como carne bovina e de frango, frutas e verduras ficam fora do programa. Motivo: a oferta e o preço dependem da safra, época de maior produção. Concorrência O diretor do Pão de Açúcar diz que, nos países em que foi implantado esse programa, a concorrência procurou acompanhar. Para Omar Assaf, vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), o mercado não tem condições de acompanhar esse esquema de venda. "A Apas sempre defendeu a liberdade de mercado e é contra o congelamento de preço." Além disso, diz Assaf, toda a vez que as vendas estão fracas, o que se faz é promoção. A rede de supermercados Carrefour informa que pretende continuar vendendo pelo menor preço e que seus gerentes estão negociado diariamente com os fornecedores. "Esse programa não nos preocupa", diz Luiz Veríssimo, diretor da rede Eldorado. Segundo ele, a sua empresa mantém a política de não aceitar os aumentos de preços por parte das indústrias. (MCh) Texto Anterior: Páscoa foi a melhor em 5 anos Próximo Texto: Venda cresce 15% em abril Índice |
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