São Paulo, terça-feira, 18 de abril de 1995
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Livros lembram versatilidade de Artur Azevedo

DANIEL PIZA
DA REPORTAGEM LOCAL

Artur Azevedo é bem pouco conhecido atualmente, mas em breve poderá deixar de ser.
A montagem de "A Casa de Orates" antecede uma série de eventos sobre o dramaturgo, jornalista, crítico, tradutor, diretor e empresário de teatro, que nasceu no Maranhão e aos 18 foi para o Rio, onde se tornou muito conhecido por sua atividade incansável.
Essa atividade é o que mais fascina o crítico de teatro Sábato Magaldi, que prepara um livro analisando as obras de Artur.
O livro ainda demora uns dois anos (Magaldi tem primeiro que terminar "Teatro Brasileiro Contemporâneo", em que rastreia as artes cênicas nacionais desde a montagem de "O Rei da Vela" por Zé Celso em 1967), mas antes disso a editora Nova Aguilar lança o "Teatro Completo" de Artur.
O próprio Magaldi, em companhia do pesquisador e filólogo Antonio Martins, cuidará da edição luxuosa da Nova Aguilar.
E o mesmo Martins atualmente prepara os dois volumes finais das peças completas de Artur, que serão publicados pela Funarte. Os quatro volumes anteriores saíram pela extinta Fundacen (Fundação Nacional de Artes Cênicas).
Também está em fase de preparo um livro com críticas de teatro de Artur, organizado pelas pesquisadoras Flora Sussekind e Raquel Valença, da Casa Rui Barbosa.
Esses livros não têm data certa, mas devem sair em 1996.
Para Magaldi, Artur foi "a grande figura do teatro brasileiro", por suas múltiplas atividades, e um "bom dramaturgo", autor de "O Mambembe" e "A Capital Federal", capaz de criar ótimos diálogos e cenas muito divertidas.
Em São Paulo, uma parcela dessa atividade diversificada de Artur pode ser adquirida no sebo O Belo Artístico (av. Angélica, 681, tel. 011/66-8482, região central).
O sebo está vendendo por R$ 15 mil um pacote de manuscritos originais, primeiras edições e revistas com textos do dramaturgo.
(DP)

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