São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 1995
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Acusado de mortes em Guarulhos é preso

DA REPORTAGEM LOCAL

Erramos: 20/04/95
A polícia prendeu um dos acusados da chacina de quatro pessoas na noite do último sábado na favela Nova Cumbica, em Guarulhos (20 km de São Paulo). Outras cinco pessoas são suspeitas do crime.
O delegado titular da seccional de Guarulhos, Octacílio de Oliveira Andrade, informou apenas o primeiro nome do acusado, Issac.
Ele foi preso ontem na cidade de Queimada, próximo ao município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ). Ele viajava em um ônibus.
Segundo informações não-oficiais, outros dois acusados da chacina também teriam sido presos esta semana.
Hoje, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, José Afonso da Silva, deve dar entrevista coletiva no 8º Distrito Policial de Guarulhos sobre a solução desse caso e apresentará os presos.
O delegado Andrade afirmou que a chacina de sábado tem ligação com dois outros homicídios ocorridos dois dias antes na mesma região.
"Não podemos dizer ainda o motivo do crime. Pode ter sido por desavença entre bandidos ou por disputa de poder no local".
Gildo Severiano de Araújo, 28, Adenilson Oliveira, 33, Cícero de Oliveira Santos, 29, e Fernando Bispo da Silva, 29, foram mortos após terem acabado de deixar um bar localizado na favela.
Eles foram cercados e atingidos por 11 tiros disparados de pistolas 380 (calibre semelhante ao 9 milímetros) e revólveres calibre 38.
As outras três chacinas ocorridas nos últimos dias na Grande São Paulo, em Francisco Morato (45 km ao norte de SP), na sexta-feira, no Jardim Peri (zona norte), no domingo, e em Engenheiro Marsilac, anteontem, ainda não foram solucionadas.
Este ano foram registradas 14 chacinas na região da Grande São Paulo, deixando um saldo de 51 mortos (veja quadro abaixo).
Segunda a delegada Elisabete Ferreira Sato, da 1ª Delegacia de Investigações de Crimes contra Criança e Adolescente, que preside o inquérito sobre a chacina do Jardim Peri, os familiares das vítimas começarão a ser ouvidos hoje.
"Adiamos os depoimentos por causa dos velórios e enterros", disse Sato.

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