São Paulo, quinta-feira, 20 de abril de 1995 |
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Líderes querem recuo na reforma da Previdência
DENISE MADUEÑO; MARTA SALOMON <PW:POPUP,2,0.5>MARTHA<UN->
As alternativas foram discutidas reservadamente pelos líderes dos seis partidos da base governista (PMDB, PFL, PSDB, PTB, PP e PL) e do PPR com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Sarney foi o primeiro a defender publicamente que o governo recuasse na reforma da Previdência. Enquanto aguardam a decisão de FHC, os líderes ainda tentam, publicamente, dar sobrevida à reforma na Previdência. Só admitem que uma parte das propostas já está inviabilizada: a autorização para investigar as contas bancárias dos devedores da Previdência. É um consenso, porém, entre os líderes, que não adianta o governo ter pressa para aprovar as mudanças na Previdência. "Perderemos os anéis para salvar os dedos, mas nada irá rápido por aqui", afirmou o líder do PFL, deputado Inocêncio Oliveira (PE). As resitências às mudanças são consideradas intransponíveis pelos líderes, pelo menos por enquanto. As dificuldades iniciais do governo de explicar as reformas à sociedade juntaram-se à contestação pelo TCU (Tribunal de Contas da União) dos números apresentados pelo governo para medir o colapso financeiro do sistema. As resistências se tornaram claras na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Lá, os deputados questionam se a proposta do governo fere ou não a Constituição. Ontem, o deputado Gerson Peres (PPR-PA) considerou inconstitucional a emenda que atribui ao presidente o poder exclusivo de propor leis sobre formas de financiamento da Saúde, Previdência e Assistência Social. Peres é o relator desta emenda na CCJ. A emenda que permite a quebra do sigilo bancário também foi considerada inconstitucional pelo relator Régis de Oliveira (PSDB-SP). Esta foi uma sugestão pessoal de FHC para conter a sonegação das contribuições previdenciárias. Ontem, o presidente da CCJ, deputado Roberto Magalhães (PFL-PE), levou ao presidente interino Marco Maciel uma avaliação das dificuldades. Texto Anterior: O hábito deles Próximo Texto: PT quer processar Itamar e Ciro Gomes Índice |
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