São Paulo, quinta-feira, 20 de abril de 1995 |
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Dez milhões de pessoas ficam sem água no Rio e Baixada
FERNANDA DA ESCÓSSIA
O sistema de água do Guandu foi desligado às 2h05 e só será reativado, segundo a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), às 20h de hoje. A Cedae informou que realizará 118 reparos na rede de tubulações e na estação de tratamento neste período. O maior vazamento, dentro da estação, provoca uma perda de 600 litros de água por segundo. É o suficiente para abastecer por um dia duas cidades como Teresópolis, de 120 mil habitantes. Ontem a Cedae montou um esquema de entrega de água com carros-pipa para o Corpo de Bombeiros, hospitais, clínicas, presídios, delegacias. O hospital Miguel Couto suspendeu as consultas ambulatoriais e manteve apenas o atendimento de emergência. Na maior parte da cidade, o abastecimento será normalizado na sexta-feira. Em bairros como Santa Teresa (Centro), Leme, Urca (zona sul) e Recreio dos Bandeirantes (zona oeste), a previsão é de que a água chegue nas torneiras no sábado ou no domingo. Na maioria dos prédios da zona sul, a ordem é economizar para não faltar. As cisternas foram cheias e só no início da tarde começou o racionamento. A família Ramos, moradora de Botafogo, encheu baldes, panelas e até a banheira para enfrentar os dias de racionamento. "É só assim que estou conseguindo cozinhar", disse a empregada Fernanda dos Santos Galeno, 15. Quem não se preveniu a tempo espera o pior na sexta. É o caso do advogado Cláudio Dias, que não armazenou água porque acha "anti-higiênico". A Cedae vai aproveitar a paralisação do sistema para ligar parte da tubulação ampliada ano passado e ainda não ativada, jogando mais 5.000 litros por segundo no Guandu. Texto Anterior: Família perde carro e o plano de saúde Próximo Texto: Hotel com estrutura especial para terceira idade é inaugurado no RJ Índice |
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