São Paulo, sábado, 22 de abril de 1995
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Covas manda secretaria investigar contratações

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador Mário Covas determinou a abertura de uma investigação sobre a contratação como "consultores" de pessoas que já ocupavam cargos de diretores na Comgás (Companhia de Gás de São Paulo). A acumulação de cargos públicos é proibida pela Constituição.
A suposta irregularidade foi revelada ontem pela Folha. Na próxima semana, a presidente da Comgás, Yeda Gomes Correia, deve apresentar um relatório sobre as contratações à Secretaria da Energia, a quem a Comgás está subordinada.
Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, a investigação deve ter início na segunda-feira.
A Comgás contratou em março, como "consultores" da presidência, Ronan Castejón do Couto Rosa e Márcio Bueno de Morais.
Ambos já ocupavam os cargos de diretor administrativo e de diretor financeiro, respectivamente.
A contratação, feita sem concurso público, foi considerada inconstitucional por professores de direito constitucional e administrativo ouvidos pela Folha.
Com a contratação, eles conseguiram um substancial aumento de salário. Enquanto diretores, cada um receberia cerca de R$ 4.000 mensais. Como consultores, eles recebem R$ 6.500 por mês.
As contratações estão sendo questionadas na Justiça pelo Sindicato dos Gasistas.

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