São Paulo, sábado, 22 de abril de 1995
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Policiais são acusados de formar quadrilha

RONI LIMA
DA SUCURSAL DO RIO

Com a prisão de um suposto informante policial e a apreensão de carros, motos, armas e drogas, a direção da Polícia Civil do Rio informou ter desarticulado uma quadrilha de policiais especializada em roubo de armas e veículos.
A ação, realizada na madrugada de ontem, foi comandada pelo delegado Mário Covas, ex-secretário de Polícia Civil.
Covas é o atual diretor da Divai (Divisão de Assuntos Internos) da Corregedoria de Polícia, órgão que investiga crimes praticados por policiais civis.
Policiais da Divai foram ao conjunto residencial onde moram os detetives Wellington Diogo e Quintino Pedro, próximo à praça Seca, em Jacarepaguá (zona oeste do Rio).
No local, prenderam o informante Arnaldo José da Silva, quando ele entrava no apartamento de Diogo.
Segundo policiais, Silva pertenceria à quadrilha e estaria portando pequena quantidade de cocaína.
Os detetives Diogo e Pedro estão foragidos. Policiais detiveram no conjunto, para averiguações, a carcereira Valéria Pinto Manhães, apontada como suspeita de integrar a quadrilha.
Na garagem do conjunto, foram apreendidos cinco carros (dois Santana, um Corsa, um Kadett e uma Ipanema) e quatro motos que seriam roubados.
No apartamento de Diogo, policiais disseram ter apreendido documentos de carros (alguns em branco) e placas frias.
Também foram encontrados dois revólveres, munição, uma metralhadora americana e uma teleobjetiva privativa das Forças Armadas brasileiras.
Covas afirmou que as investigações sobre atividades do detetive Diogo revelaram irregularidades administrativas na polícia, que precisam ser apuradas pela corregedoria.
Segundo a polícia, Diogo foi preso há três anos com cinco quilos de cocaína e, apesar de responder a inquérito administrativo e ação criminal, continuava na ativa.
O delegado Covas informou que o detetive prestava serviço para a 52ª DP (Delegacia de Polícia), no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

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