São Paulo, sábado, 22 de abril de 1995 |
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Atraso salva segurança da morte
DA REPORTAGEM LOCAL O segurança Nabor Adorno de Souza, 55, costuma chegar à pensão onde mora por volta das 9h, depois de deixar o trabalho, às 7h, no Sumaré (zona oeste de São Paulo).Ontem, devido ao feriado, não precisaria voltar a trabalhar na madrugada de hoje. Por isso, resolveu mudar sua rotina. Assim que saiu do trabalho, às 7h, parou em uma padaria para "beber alguma coisa" na Vila Mariana (zona sul) antes de ir para a pensão. "Foi lá na padaria que me avisaram da desgraceira que aconteceu na pensão. Se tivesse ido direto dormir estaria morto agora", disse. Logo que foi avisado sobre a explosão, Souza correu para a pensão, mas foi impedido de entrar pelos bombeiros. Ele morava sozinho e, ontem, ainda não sabia para onde iria. "Perdi tudo o que tinha. Não me conformo com isso. Moro aqui há 25 anos e chego todos os dias, pontualmente, às 9h. Hoje atrasei." Texto Anterior: Prédio explode e quatro morrem em SP Próximo Texto: SOBREVIVENTES Índice |
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