São Paulo, sábado, 22 de abril de 1995
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SOBREVIVENTES

"Estava na cama lendo quando houve a explosão. Tinha acabado de chegar do trabalho. Senti como se tivessem jogado a gente para cima e depois largado num buraco bem grande. Fiquei soterrado junto com um colega de quarto durante uns dez minutos. Só dava para mexer as mãos e a gente conversava para disfarçar o nervoso e ter certeza de que estávamos vivos."
(José Diodato da Silva, 25, balconista de restaurante)

"Meu quarto foi o único que ficou em pé depois da explosão. Estava dormindo e acordei com o barulho. Olhei para os lados e vi que estava coberto de pó e que as paredes estavam rachadas. Na hora, achei que tinha acontecido um acidente de carro. Corri para a janela e só então percebi que toda a parte de trás da casa havia caído. Pulei para o parapeito com medo do quarto desabar e fiquei até os bombeiros aparecerem com a escada."
(Adelino Francisco Costa, 26, garçom, escapou ileso da explosão)

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