São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Governo mexicano acusa comissão liderada por bispo de parcialidade

FLAVIO CASTELLOTTI
DA CIDADE DO MÉXICO

O Ministério da Administração mexicano acusou a Conai (Comissão Nacional de Intermediação) de desestabilizar negociações entre governo e o Exército Zapatista de Libertação Nacional, em San Andrés Larráinzar, Chiapas.
"Há provas de que foram dirigentes da Conai os responsáveis pelo transporte de índios a San Andrés", diz um comunicado.
O início do diálogo estava previsto para as 9h de quinta-feira. Até as 15h de ontem (18h em Brasília), ainda não havia começado.
A delegação do governo alega ambiente impróprio. "Não há neutralidade, disse Marco Antonio Bernal, chefe da delegação.
A causa é a presença de 7.000 índios, que gritam e agitam cartazes em favor do EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional) cada vez que aparece em público algum dos participantes.
O comunicado do ministério pede à Conai, presidida pelo bispo Samuel Ruiz, que retire os índios da cidade "o mais rápido possível", para iniciar as negociações.
A definição dos "cordões humanos" que vão rodear a sede do encontro transformou-se no primeiro enfrentamento político.
Devido à presença maciça de simpatizantes do EZLN, o governo exigiu que a polícia ficasse mais próxima da Casa do Diálogo. Num primeiro acordo, ela faria o quarto cordão isolamento.
Os zapatistas cederam, mas não por completo: o primeiro e o terceiro cordão serão formados pela Cruz Vermelha e o segundo será composto pela polícia.

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