São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995
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Veja como surgiu o relatório

LUÍS NASSIF
DO CONSELHO EDITORIAL

O relatório sobre o "Interrogatório" de presos políticos efetuado nas dependências do Dops do Paraná foi levantado pela editora Erika Mazon e pelo editor-assistente Rondon de Castro, do "Guia Jurídico", a partir da leitura de um acórdão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), publicado no "Diário Oficial".
O relatório tinha sido descoberto pela professora de história Derlei Catarina de Luca nos arquivos do DOPS paranaense.
OAB
O documento, que admite a tortura em algumas situações, a tortura, chamou a atenção do advogado Ivo Scoma, que o enviou para apreciação da seccional da OAB.
Esta, por sua vez, o encaminhou para apreciação do Conselho Federal da entidade em Brasília -na época, ainda presidido por José Roberto Batocchio.
A OAB limitou-se a preparar parecer sobre um anexo sem importância -que determinava o interrogatório de pessoas que visitassem Cuba.
Silêncio
Questionado pelo "Guia Jurídico" a respeito da omissão da OAB, o relator Lopo Saraiva limitou-se a informar que o relatório foi encaminhado à Comissão de Direitos Humanos da OAB, que até agora não se pronunciou sobre o assunto.
(LN)

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