São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995
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Protesto à mineira

Em 1983, Tancredo Neves era governador de Minas Gerais e preparava sua candidatura à presidência da República. Eram os últimos tempos do regime militar e todo o cuidado era pouco.
Júnia Marise era deputada federal pelo PMDB e liderava movimentos contra aumentos de preços e arrocho salarial.
O movimento planejava um grande protesto em Belo Horizonte, com direito a enterro simbólico do presidente João Figueiredo e do ministro do Planejamento, Delfim Netto.
Preocupado com as repercussões do protesto, Tancredo telefonou para Júnia, pedindo que o enterro fosse cancelado.
A deputada respondeu que era impossível, porque o protesto já estava organizado.
Minutos depois, Tancredo telefonou novamente. Júnia avisou:
- Impossível governador. O movimento vai manter o protesto e os enterros.
Tancredo então fez uma última tentativa:
- Não dá para enterrar só o Delfim?

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