São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995 |
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Poluição ainda afeta o porto de Tubarão
HÉLCIO ZOLINI
A empresa investiu US$ 60 milhões em proteção ambiental nos últimos quatro anos, instalou 700 canhões de aspersão de pó de minério e carvão e plantou seis milhões de árvores em Tubarão. Apesar do esforço, os ventos se encarregam todo dia de levar para o mar a poeira de minério e de outras cargas movimentadas no terminal de Tubarão. "Não vou dizer que não tem pó, porque tem sim. Estamos tentando controlar a situação, mas andamos na corda bamba. Se molhamos a carga para diminuir a poeira, o cliente reclama devido à água que vai junto com o produto", disse o superintendente do porto, Cândido Cotta Pacheco. O oceanógrafo Júlio César Ruano, técnico de Recursos Naturais da Secretaria para Assuntos de Meio Ambiente do Espírito Santo (Seema), disse que durante 20 anos a Vale lançou efluentes líquidos na baía de Camburi, em Vitória. "De quatro anos para cá, não joga mais, mas o que foi lançado ainda está lá no mar", afirmou. O porto de Tubarão é considerado um dos mais modernos e eficientes do mundo. Oferece um custo baixo -US$ 4/tonelada embarcada, contra US$ 4,85/tonelada do porto de Antuérpia (Bélgica) e US$ 17/tonelada em Sepetiba (RJ). O tempo médio de espera de navios em Tubarão é de dois dias. Em Santos, chega a 15 dias. Com uma capacidade de movimentação de cargas de 80 milhões de toneladas anuais, Tubarão deve atingir este ano 63,7 milhões de toneladas de minério de ferro. A carga -da própria Vale e de terceiros- escoada anualmente por Tubarão, através de 700 navios, representa 60% do volume de minério de ferro exportado pelo Brasil no ano passado. (HZ) Texto Anterior: Carajás utiliza radar para controlar onças Próximo Texto: Vou votar no paletó sem deputado dentro! Índice |
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