São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995 |
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Citi prevê dois cenários
DA REPORTAGEM LOCAL A equação que o governo precisa resolver é desaquecer a economia preservando o equilíbrio fiscal (equilíbrio entre gastos e receitas). A avaliação é do economista-chefe do Citibank, Amaury Bier.A melhor alternativa seria gerar um superávit fiscal (arrecadar mais do que gasta). Mas, acredita Bier, não existe espaço para que isto aconteça este ano. Para ele, são precipitados os que pregam que o presidente Fernando Henrique Cardoso deveria agir em relação ao Congresso, para aprovar as reformas, da mesma forma como se comportou o ex-presidente Fernando Collor. "São coisas distintas. Não havia alternativa ao Plano Collor, o confisco já havia sido realizado. O processo atual vai ser mesmo lento, difícil e incerto. Depende de negociação política." Desta maneira, para ele, restou ao governo segurar o crescimento da economia com a política de juros e restrições ao crédito. Para Bier, "independentemente da crise mexicana" o déficit brasileiro na conta-corrente (exportações e importações mais o pagamento da dívida) já era suficientemente grande para ser financiado pelo ingresso de investimentos estrangeiros. O economista, que participou de evento do Citi na sede social do Jockey Club, enxerga dois cenários para a economia. No primeiro, as medidas adotadas pelo governo são suficientes para que o país volte a exportar mais do que importa. No segundo, será necessária uma maxidesvalorização do real. Nesse caso, a inflação anual subiria para 50%. Texto Anterior: Juro alto consome US$ 20 bilhões da receita do governo Próximo Texto: Crise do SFH se mantém no Plano Real Índice |
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