São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995 |
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Juro segura comércio na cidade de Rio Preto
DA FOLHA NORTE O consumo em São José do Rio Preto (451 km a noroeste de São Paulo) também começa a mostrar tendências de estabilização.Em abril, a expectativa do Sindicato do Comércio Varejista é de que seja mantido o mesmo patamar de março. As consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) crescem todo mês, mas em ritmo cada vez menor. O SPC é termômetro das vendas a prazo. Em fevereiro, as consultas ao SPC cresceram 26,54% em relação a janeiro. Em março, o aumento em relação ao mês anterior foi de 10,96%. No período de Páscoa, o consumo teve uma elevação sazonal. Os supermercados tiveram aumento de 20% no volume de vendas. "Mas esse crescimento foi passageiro e o consumo voltou ao normal nesta semana", diz Eladio Arroyo Martins, 70, presidente do Sindicato do Comércio Varejista. O perfil das vendas também vem se alterando. Em abril, 65% dos pagamentos efetuados foram à vista, índice 35% maior que o do mês anterior. "Inadimplentes que quiseram consumir não tiveram opção e clientes em situação regular preferiram não arriscar e escolheram o pagamento à vista." O agricultor Carlos Ribeiro da Silva, 39, por exemplo, diz que os juros bancários o impedem de comprar de máquinas novas para sua propriedade em Buritama (560 km a noroeste de São Paulo). "Hoje em dia só dá para comprar peças de reposição para consertar os equipamentos velhos." Ele foi a São José do Rio Preto fazer orçamento de peças para reparo de um arado. Segundo Silva, não dá para enfrentar os financiamentos. A TR (Taxa Referencial) está hoje em torno de 4,5% ao mês. "Só com taxas menores a agricultura pode se desenvolver." Texto Anterior: Rede de Ribeirão tem crescimento de 32% Próximo Texto: O erro de tributar fortunas Índice |
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