São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995
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Corrupção gera divergências

OSCAR PILAGALLO
DO EDITOR DO PAINEL S/A

A forma de tratar a corrupção nas obras públicas divide a CBIC.
A oposição critica "o estímulo a denúncias entre empresas". É uma referência a Sant'Anna.
Em 91, o deputado Luís Roberto Ponte (PMDB-RS), ex-presidente da CBIC e amigo de Sant'Anna, revelou as "relações espúrias" entre empreiteiras e o governo Collor.
Sant'Anna reuniu editais viciados comprovando o direcionamento de obras municipais, que beneficiavam grandes empreiteiras.
"Algumas poucas empresas que não gostaram da atitude moralizadora da CBIC certamente não estão comigo", diz Sant'Anna. As grandes construtoras estão representadas na chapa da oposição.
Nascimento atribui a corrupção à "dependência dos fornecedores ao Estado gigantesco e ineficiente". Em 93, contudo, a Folha revelou que empreiteiros reunidos na Apeop tentaram "lotear" obras da Sabesp para obter o melhor preço evitando a concorrência. Nascimento renunciou diante das pressões para não divulgar a lista dos envolvidos. Depois, ele reassumiu fortalecido: a lista foi divulgada.
Nascimento não aplaudiu a campanha moralizadora de Sant'Anna. E a CBIC não se manifestou sobre o episódio da Apeop.

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