São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995
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ISO no país segue tendência mundial, afirma a ABNT

DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO"

O Brasil está acompanhando de perto a evolução mundial de programas de qualidade nas empresas (a chamada ISO 9000). A opinião é do presidente da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, Antônio Márcio Avelar, que nega estar ocorrendo qualquer "enxurrada" de certificações no mercado brasileiro, situação que poderia comprometer a credibilidade das agências certificadoras.
Para ele, qualquer dúvida na comparação do desempenho brasileiro em relação a outros países não pode se originar apenas na avaliação numérica das empresas certificadas.
O primeiro ponto a ser analisado é a força da economia de cada país e seu potencial industrial em conjunto com a data de iniciação de qualquer programa de qualidade. Junta-se a isso a capacidade de cada nação em adaptar as normas internacionais para as condições regionais, o que significa um esforço entre as entidades certificadoras locais, os governos e as próprias empresas.
Para Avelar, transportando-se esses critérios para o Brasil, o potencial nacional se mostrou desde 90 -quando as normas ISO 9000 foram criadas- superior ao de muitos outros países e propício à implantação de programas de qualidade.
Mesmo com esse quadro positivo, o aumento do número de empresas certificadas no Brasil apenas acompanhou graficamente a curvatura de crescimento em todo mundo, com pouco mais de 600 certificações.
Logo, comparar este número ao obtido por empresas japonesas (1.060, segundo estimativas de junho de 94), levando-se em conta o desenvolvimento econômico de cada país, acaba sendo inócuo. Isso porque, apesar das visíveis diferenças econômica,s as normatizações da ISO 9000 começaram a ser implantadas quase que ao mesmo tempo em condições diferentes umas das outras.
A vigência do acordo do Mercosul levou o Brasil a adaptar-se aos novos padrões de qualidade exigidos nos países de Primeiro Mundo, fazendo o número de certificações crescer significativamente.

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