São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995
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Apartamento novo bate recorde de venda

PABLO PEREIRA
DA REDAÇÃO

A venda de apartamentos novos na cidade de São Paulo bateu recorde em março. Foram vendidos 17,9% dos apartamentos ofertados no mês. Esse é o melhor desempenho do setor desde a retomada dos negócios em 1993 (1992 apresentou baixo movimento -média de vendas em torno de 4% dos imóveis disponíveis).
Fevereiro, que havia supreendido com 14,6% da oferta sendo comercializada, foi superado por março em 3,3 pontos percentuais. Os dados são de estudo mensal, realizado pelo Datafolha.
Pela primeira vez nesse período de "vacas gordas", o índice que mede a comercialização (velocidade de vendas média, que é o número de vendidos em relação à oferta) fica acima dos 10% por oito meses seguidos.
O início desse bom -e contínuo- resultado de venda coincide com o fim da chamada ciranda financeira -quando foi criado o real e a inflação caiu-, a partir de agosto do ano passado.
Julho, mês no qual a nova moeda entrou em vigor, ainda foi tumultuado, com apenas 4,8% de velocidade de vendas média.
Naquele momento, vendedor e comprador ainda não tinham claro quais as medidas do governo sobre indexador de contratos e periodicidade de reajustes.
A partir do mês seguinte, o mercado deslanchou. Os dois principais impulsos que levaram o comprador aos estantes foram a perspectiva de baixos índices de reajuste serem repassados às prestações e uma transferência do dinheiro que já não se nutria em aplicações financeiras.
Em março, os apartamentos de três quartos voltaram a ser os mais vendidos, com 42,4% do total negociado, seguido pelos de dois dormitórios (41,9%) -mais negociados em fevereiro.

O balanço é um estudo do mercado de imóveis novos na cidade de São Paulo, baseado no Roteiro de Imóveis e em informações sobre as vendas realizadas no mês de março, coletadas até o dia 17/04/95, junto a participantes do roteiro. Esse estudo é uma realização do Datafolha, sob a direção dos sociólogos Antonio Manuel Teixeira Mendes e Gustavo Venturi, tendo como assistente de planejamento e análise a estatística Karla Mendes. A coordenação dos trabalhos ficou a cargo de Marlene Peret, auxiliada por Sílvio J. Fernandes.

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