São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995
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Gases pegaram Japão de surpresa

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

A surpresa com que o Japão recebeu os atentados a gás no metrô de Tóquio, na estação ferroviária e numa loja de Yokohama se explica na medida em que não foram atos praticados por grupos terroristas cadastrados naquele país.
Foi ela que nos anos 70 se opôs pela violência à construção do Aeroporto de Narita, em Tóquio, e que lançou quatro tiros de bazuca contra uma base dos EUA em 93.
No mesmo dia, em Osaka, o grupo explodiu uma bomba caseira em instalações das Nações Unidas. Não houve vítimas.
A seita também não é aparentada à BIA (Brigada Internacional Antiimperialista), debilitada em 1988 quando pela prisão de seu líder Yu Kikumura, condenado ao planejar atentado nos EUA.
Na Ásia, outros agrupamentos militares ou terroristas permanecem ativos. É o caso dos Tigres pela Libertação Tâmil Eelan (do Sri Lanka), que reivindica ter 10 mil homens, e assassinou em 1991 o premiê indiano Rajiv Gandhi. O grupo e o governo cingalês acertaram em janeiro uma trégua.
Nas Filipinas, o grupo islâmico Abu Sayyaf também é suspeito de atentado recente. (JBN)

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