São Paulo, domingo, 23 de abril de 1995
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Silvio de Abreu confirma graça

NELSON DE SÁ

Silvio de Abreu não é Marcos Caruso e está muito longe de Neil Simon, ao menos por enquanto. Mas é bastante engraçado, o roteirista das telenovelas de agora e das pornochanchadas de outrora. Aliás, pornochanchadas que, é só assistir, não têm mais nada de pornografia, surgindo como amostras persistentes da melhor tradição da comédia popular. De volta ao teatro com a peça "Capital Estrangeiro", depois das experiências com os quadros cômicos nos musicais de Cláudia Raia, Silvio de Abreu escreveu uma farsa à antiga, de sala de visitas e algumas portas para entrar e sair. Nada de ambicioso, como crítica social ou política. Alguns poucos comentários sobre a lista das empreiteiras em Brasília e a lista dos bicheiros no Rio de Janeiro, ou sobre o cotidiano decadente de um jovem casal na cidade grande -mas nada que ultrapasse o lugar-comum. Nada de alta comédia. Silvio de Abreu está obviamente tateando, vendo até onde pode chegar. Por enquanto, confirmou que é engraçado.
Capital Estrangeiro. De Silvio de Abreu, direção de Cecil Thiré, com Edson Celulari, Patrícia Travassos e outros. Teatro Bibi Ferreira: av. Brigadeiro Luís Antônio, 931, região central. Tel. 606-0572. Quinta e sexta: 21h. Sábado: 20h e 22h. Domingo: 19h. Ingressos: R$ 15 (quinta), R$ 18 (sexta e domingo) e R$ 20 (sábado)

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