São Paulo, terça-feira, 25 de abril de 1995
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Milícias crescem nos EUA

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O número de participantes no movimento de milícias tem tido crescimento geométrico nos últimos dois anos nos EUA.
O único acusado até aqui pelo massacre de Oklahoma e dois outros homens mantidos sob custódia como testemunhas pertencem a uma milícia.
As milícias se inspiram nos grupos de cidadãos norte-americanos que se organizaram em armas para combater os colonizadores ingleses há 220 anos.
Embora não tenham coordenação nacional, as milícias têm ideologia comum, baseada na rejeição à interferência do Estado na vida do cidadão.
Elas se opõem ao controle da venda de armas, ao pagamento de impostos, às restrições ao direito de propriedade.
A maioria delas também é racista e xenófoba e tem vínculos com outras entidades como a Ku Klux Klan e a Nação Ariana. Quase todas se organizam como unidades militares e estão bem armadas.
Os Estados onde as milícias têm maior número de filiados são: Idaho, Montana, Michigan, Indiana, Texas e Flórida.
Alguns dirigentes de milícias dizem que no país inteiro elas contam com 3 milhões de afiliados. O governo os calcula em "dezenas de milhares".
(CELS)

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