São Paulo, terça-feira, 25 de abril de 1995 |
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Chegada do FBI muda a rotina de Decker
DANIELA ROCHA
Decker tem um bar, uma agência de correio e uma lanchonete na beira da estrada. O departamento de polícia mais próximo fica em San Dusky, cidade localizada a cerca de 20 km de distância. Um dos sargentos em plantão, Cliff Kenny, passou a colecionar cartões de visita dos jornalistas. "Comecei no sábado e já tenho mais de 20 cartões. Isso vai servir de memória para o caso", disse. O fazendeiro James Kaufman, 34, vizinho de Nichols, afirmou: "Você está na grande cidade de Decker". O bar ficou famoso por vender o boné com a frase: "Where the hell is Decker Bar" (algo como: onde diabos fica Decker Bar), que virou suvenir na região. O boné custava US$ 4 antes das investigações e hoje sai por US$ 8, segundo Paula Jacques, 24, filha do proprietário do bar. "A cidade está cheia de pessoas estranhas vindas de todo o país. Estou vendendo muito mais cerveja e já vendi mais de 50 bonés nos últimos três dias", afirmou. Kaufman disse que o FBI quis investigar sua casa. "Esta é mais uma prova de que o governo desrespeita a propriedade. Todo cidadão tem direito de andar armado e não vou abrir mão dele". Ele fez uma demonstração com seu rifle no meio do bar para a reportagem da Folha , enquanto Paula tentava convencê-lo a sair. Segundo o fazendeiro aposentado Norman Magel, Kaufman já foi detido por dirigir sem carteira de habilitação e deu o aviso: "Ele não gosta de estrangeiros". Kaufman acredita que Nichols não tem conexão com o caso. Outro vizinho, Michael Innes afirmou que James e Timothy McVeigh eram "homens de família". A conversa que antes era sobre colheita foi substituída pelo caso Nichols. (DR) Texto Anterior: Vizinha ouviu explosão em fazenda de envolvido Próximo Texto: NOTAS Índice |
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