São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 1995
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Governo ainda não tem maioria na CCJ

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Levantamento feito pela liderança do PFL na Câmara mostra que o governo dispõe do apoio de apenas 23 dos 52 membros da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que vai decidir a admissibilidade (aceitação) das emendas que mudam a Previdência.
A CCJ avalia se uma medida contraria ou não a Constituição e marca o início da tramitação da emenda. Lideranças governistas propõem hoje ao presidente Fernando Henrique que se adie a tramitação das emendas da Previdência na CCJ. Temem uma derrota.
O ministro da Previdência, Reinhold Stephanes, disse ontem ser contrário à proposta dos líderes do governo de que as aposentadorias especiais só sejam extintas dez anos depois da eventual aprovação da reforma da Previdência.
Ele anunciou também que o governo vai fazer uma campanha publicitária em defesa das reformas.
As afirmações foram feitas em debate com parlamentares do PFL.
A reunião mostrou que o projeto proposto pelo ministro encontra resistências no seu próprio partido.
A aposentadoria obtida por Stephanes aos 46 anos foi motivo de constrangimento em conversas paralelas no fundo do plenário onde o ministro explicava aos pefelistas a reforma da Previdência Social.
O deputado Mauro Lopes (MG) sugeriu que o ministro deveria abrir mão da aposentadoria.
"Está se levantando uma questão medíocre", reagiu Stephanes, informando que não faz mais doação da aposentadoria desde que assumiu a Previdência.

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