São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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G-7 discute desvalorização do dólar

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS<UN->

A desvalorização do dólar no mercado internacional de moedas foi a principal questão discutida ontem na reunião ministerial do G-7 (grupo dos sete países mais ricos do mundo -EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá), que acontece em Washington (EUA).
Os ministros das Finanças e presidentes dos bancos dos sete países discutiram a queda do dólar -de cerca de 20% frente ao iene e 10% em relação ao marco- desde o início do ano.
O dólar registrou uma pequena recuperação ontem no mercado internacional de moedas. Em Tóquio, a moeda norte-americana fechou a 83,28 ienes, contra 82,66 ienes do dia anterior.
Em Nova York, no entanto, a desvalorização continuou. O dólar fechou a 82,05 ienes e 1,3715 marco, contra 83,05 ienes e 1,3755 marco anteontem.
Os ministros dos sete países presentes à reunião acreditam ser difícil que o dólar possa se recuperar com facilidade. Segundo o premiê italiano Lamberto Dini, é necessária uma ação concentrada de vários países para segurar as taxas de câmbio. "A teoria de colocar a casa em ordem é ótima, mas, na prática, os acordos ficam difíceis quando esbarram nas taxas de câmbio", afirmou Dini.
Para o presidente do banco alemão Bundesbank, Hans Tietmeyer, a única maneira de conseguir estabilizar a moeda é reduzir o déficit na balança comercial dos Estados Unidos.
"O governo tem que atacar as causas da falta de estabilidade. Isso não se aplica só aos EUA. Vários países presentes à reunião necessitam de programas de saneamento em suas finanças públicas", disse Tietmeyer.
Segundo o secretário do Tesouro norte-americano, Robert Rubin, "é preciso ter em mente o que afetará os EUA daqui a cinco ou dez anos". Rubin se esquivou de questões sobre a moeda norte-americana, mas reafirmou que os Estados Unidos "não usarão o dólar como um instrumento de política comercial".
Rubin declarou que espera que a economia norte-americana consiga evitar flutuações acentuadas do câmbio e sustentar o crescimento econômico por um período maior. " Se isso não ocorrer, a inflação poderá aumentar e o crescimento permanecerá em níveis baixos."
Rubin ressaltou que os países do G-7 vão trabalhar juntos, mas recusou-se a falar sobre uma ação coordenada a fim de acalmar os mercados cambiais.

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