São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 1995 |
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Juiz sai de campo escoltado por 8 policiais
ROGÉRIO SIMÕES
Estas foram as únicas palavras que o juiz Pascual Reboledo disse à Folha na saída do estádio onde o Brasil eliminou Portugal da final do Mundial de juniores. Reboledo foi o único árbitro deste Mundial a ser vaiado pelo público e contestado pelas duas equipes envolvidas nos jogos. Entre os jogadores, torcedores e jornalistas que viam a saída do juiz protegido por oito policiais, todos também concordavam em um ponto: o Brasil mereceu a vitória de ontem. Até o técnico da seleção portuguesa, Agostinho Oliveira, admitiu a superioridade do Brasil durante o jogo. "Lutamos contra tudo: o cansaço, o juiz e a técnica superior dos brasileiros. Mas não conseguimos nosso objetivo. perdemos para um time que foi melhor e mais valente do que o nosso", afirmou. Confronto Após a partida, os jogadores brasileiros esperaram para deixar o gramado do estádio. Reservas da seleção portuguesa ameaçavam agredir os brasileiros. O lateral Leonardo disse que, durante a jogo, "escutava palavrões todas as vezes que passava em frente ao banco de Portugal". Zé Elias reclamou da violência dos portugueses. O atacante Caio, no entanto, autor do gol que classificou o Brasil para a final, estava sorridente após a partida. "Estou ainda em estado de choque. É uma sensação incrível. Apanhamos muito, mas meu gol nos fez esquecer tudo", afirmou o atacante do São Paulo. (RS) Texto Anterior: Juniores fazem final com Argentina Próximo Texto: Leal promete 'dar sangue' Índice |
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