São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 1995
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Superprodução de Jeunet e Caro inaugura Festival de Cannes 95

AMIR LABAKI
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

"A Cidade das Crianças Perdias" (La Cité des Enfants Perdues), superprodução dos cineastas franceses Jeunet e Caro ("Delicatessen"), será o filme de abertura do 48º Festival Internacional de Cinema de Cannes, que acontece entre 17 e 28 de maio próximo.
Piscando para Hollywood, o filme de encerramento (fora de competição) é o faroeste americano "The Quick and the Dead", de Sam Raimi, com Sharon Stone.
Vinte e quatro filmes concorrem à Palma de Ouro. É uma lista forte, superior à do ano passado. Saem na frente "O Olhar de Ulisses", do grego Theo Angelopoulos, "Além de Rangoon", do inglês John Boorman, o já consagrado com dois Oscars "Ed Wood", de Tim Burton, "A Bíblia de Neon", do inglês Terence Davies, "Jefferson em Paris", de James Ivory, "Homem Morto", de Jim Jarmusch, "Underground", de Emir Kusturica, "Terra e Liberdade", de Ken Loach, "O Convento", do veterano Manoel de Oliveira e "A Tríade de Shanghai", do chinês Zhang Yimou.
Dois outros fortes concorrentes asiáticos são "Sharaku", do japonês Masahiro Shinoda, e "Bons Homens, Boas Mulheres", do formosino Hou Hslao Hslen. Não se pode ainda menosprezar o cineasta africano, Souleymane Cissé, que concorre com "O Tempo".
O único concorrente latino-americano vem do México: "Histórias do Kronen", de Montxo Armendariz. Nenhum filme brasileiro foi selecionado por qualquer seção do festival, exceto a possível estréia de "O Cinema das Lágrimas", de Nélson Pereira dos Santos. O centenário do cinema será lembrado por um ciclo John Ford.
A lista de concorrentes apresenta ainda "Não Esqueça Que Você Vai Morrer", do suíço Xavier Beauvois, "Crianças", de Larry Clark, "Os Escargots do Senador", do romeno Mircea Danelluc, "Anjos e Insetos", de Philip Haas, "Carrington", de Christopher Hampton, "Entre o Diabo e o Fundo Mar Azul", de Marion Hansel, "A Loucura de Rei George", de Nicholas Hytner, "O Ódio", do francês Mathleu Kassovitz e "O Amor Que Molesta", do italiano Mario Martone.
O júri oficial vai ser presidido pela atriz francesa Jeanne Moreau, incluindo ainda Nadine Gordimer (escritora, África do Sul), Norma Heyman (produtora, Grã-Bretanha), Maria Zvereva (roteirista, Rússia), Gianni Amelio (diretor, Itália), Jean-Claude Brialy (ator, França), Emilio Garcia Riera (crítico, México), Gaston Kaboré (diretor, Burkina Fasso), Philippe Rousselot (fotógrafo, França) e John Waters (diretor, EUA).
A seleção inclui ainda, fora de competição, "Desperado", de Robert Rodrigues ("El Mariachi"), "Beijo da Morte", de Barbet Schroeder, "Morrer Por", de Gus Van Sant, e "Os Suspeitos de Sempre" de Bryan Singer.

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