São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 1995 |
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Governo redobra vigilância em creches
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
No momento da explosão, 31 crianças de um a seis anos já haviam sido deixadas por seus pais, funcionários públicos, na creche. Delas, só seis ainda estão vivas e a salvo. Doze ainda não foram localizadas sob os escombros. Treze já foram enterradas. Cerca de seis mil famílias de funcionários públicos federais dependem dessas 98 creches (99 com a de Oklahoma) para poderem trabalhar. Elas começaram a ser instaladas em 1985. O governo quer dar o exemplo à iniciativa privada de que é preciso prover creches para os filhos de seus empregados de modo a lhes possibilitar melhores condições de trabalho. A educação pré-escolar é um dos maiores problemas sociais nos EUA. O sistema de ensino público não aceita crianças com menos de cinco anos. O custo de pré-escolas particulares é superior ao que a maioria absoluta da população pode pagar. O mesmo se aplica a babás qualificadas. As soluções mais comuns são o revezamento de vizinhas no cuidado das crianças de uma rua ou a contratação de babás sem qualificação. A legislação trabalhista não obriga os empregadores a montarem creches para os filhos de seus funcionários. Nos últimos dez anos, com o aumento de casos trágicos envolvendo crianças deixadas em casa nas mãos de pessoas sem condições de tomar conta delas, tem crescido campanha em favor de creches no local de trabalho. Algumas das maiores empresas dos EUA fizeram acordo de cavalheiros em 1991 para que todas passassem a prover esse serviço a seus empregados. (CELS) Texto Anterior: Xerife apóia Milícia de Michigan Próximo Texto: Coração de enfermeira é doado Índice |
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