São Paulo, quinta-feira, 27 de abril de 1995
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Sem crédito, estaleiro quer demitir 700

DA SUCURSAL DO RIO

O Estaleiro Mauá, um dos mais antigos do Brasil, deu ontem aviso prévio para 700 dos seus 1.300 empregados. O estaleiro ameaça fechar sua divisão de construção naval caso não receba novas encomendas até junho nem obtenha liberação de dinheiro para concluir um navio já em construção.
O vice-presidente da CCN (Companhia Comércio e Navegação, empresa que controla o estaleiro), Jorge Ferraz, disse que os avisos prévios podem ser sustados se houver trabalho.
Uma das alternativas imediatas para isso é a obtenção junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de um crédito adicional US$ 10 milhões pela empresa de navegação Neptunia, para a conclusão de um navio tipo porta-contêineres que está sendo feito no estaleiro. Outros três contratos dependem de financiamento.
Ontem, cerca de 2.000 metalúrgicos (avaliação da Polícia Militar) saíram de Niterói (a 13 km do Rio), onde fica o Estaleiro Mauá, e foram em passeata até a sede do BNDES, no centro do Rio.
Em um encontro com diretores do banco, ficou decidido que haverá hoje uma reunião com estaleiro, metalúrgicos e armadores.

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