São Paulo, quinta-feira, 27 de abril de 1995
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Ruanda nega saída a refugiados hutus

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O líder militar e vice-presidente de Ruanda, Paul Kagame, rejeitou ontem exigências de deixar cerca de mil refugiados cercados atravessarem a fronteira para o Zaire.
Os mil são os últimos remanescentes de cerca de 80 mil pessoas que estavam no campo de Kibeho, no sudoeste. Segundo observadores da ONU, cerca de 5.000 foram massacrados no campo no último fim-de-semana.
O governo de Ruanda nega a cifra e diz que apenas 300 hutus morreram em choques e tumultos ocorridos após a invasão do campo pelo Exército Patriótico de Ruanda, dominado por tutsis.
O Exército é o sucessor da Frente Patriótica de Ruanda, que tomou o poder no ano passado após um guerra civil.
Em três meses de guerra morreram mais de 500 mil -a maioria tutsis e moderados hutus-, em massacres supostamente promovidos pelo antigo governo hutu.
Com medo de represálias, a maioria dos hutus ruandeses fugiu para campos de refugiados no exterior e no país.
O governo ruandês ordenou a evacuação dos campos, sob alegação de que são usados como bases guerrilheiras, e o retorno dos hutus a seus povoados de origem.

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