São Paulo, quinta-feira, 27 de abril de 1995
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França ainda exige visto de brasileiros

EDSON FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Entre os países signatários do Acordo de Schengen (leia texto nesta página), a França é o único que continua exigindo visto para viajantes brasileiros.
Apesar da exigência, a obtenção do visto é fácil, segundo a Embaixada da França em Brasília.
A assessoria de imprensa do órgão diz, sem revelar números, que poucos brasileiros têm o carimbo no passaporte negado.
Para solicitar o visto o turista brasileiro deve apresentar documentos comprovando renda, bens e residência, além de pagar uma taxa (veja quadro na pág. 6-11).
Apesar de afirmar que não há nenhum registro oficial, a embaixada diz que a renda ideal para um brasileiro não ter problemas na obtenção do visto é de no mínimo US$ 1.000.
Os vistos para a França podem ser simples ou múltiplos. Os primeiros servem para quem vai entrar apenas uma vez no país. Quem entrar mais de uma vez precisa obter o visto múltiplo.
Mesmo quem não tem a França como destino principal precisa do visto francês.
É o caso, por exemplo, de quem viaja para Londres em um vôo com escala em Paris. O mesmo acontece quando o turista viaja por via terrestre entre a Alemanha e a Espanha passando pela França.
Quem for pego em qualquer uma dessas situações sem o visto, corre o risco de ser expulso do país, adverte a embaixada.
O visto conquistado ainda no Brasil não é garantia de entrada na França. Segundo a embaixada, a polícia alfandegária no aeroporto pode entrevistar qualquer pessoa suspeita.
Caso julgue que alguém esteja tentando entrar no país para migrar, trabalhar, traficar drogas ou cometer atos terroristas, os policiais podem expulsar o visitante indesejado.
Assim como a Itália, a França não tem maiores restrições aos turistas brasileiros. Em geral, as pessoas expulsas do país estavam trabalhando irregularmente por lá.
Quanto a possibilidade da eliminação do pedido de vistos para brasileiros, os diplomatas franceses são reticentes.
"Não há nenhuma determinação oficial. A possibilidade da retirada é a mesma que a da manutenção", disse a assessoria de imprensa da embaixada.

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