São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 1995 |
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Apoio do além Prefeito de Porto Seguro, João Carlos de Paula (PFL) preparou uma grande festa em sua cidade para comemorar o último aniversário do descobrimento do Brasil. Fazia parte das festividades a inauguração de uma estátua de Pedro Álvares Cabral, em uma das praças da cidade. A festa foi armada com pompa e circunstância. Até o governador da Bahia, Paulo Souto (PFL), estava presente. Mas tudo começou a desandar quando o prefeito aproveitou o evento para fazer propaganda de um projeto de reflorestamento, financiado pela Odebrecht. Contrários ao projeto, ecologistas presentes ao local começaram a protestar, aos gritos. O prefeito não se conteve: - Os ecologistas são contra o projeto porque querem as terras para plantar maconha e cocaína! Não satisfeito com sua própria argumentação, o prefeito voltou à carga. Desta vez invocando o "testemunho" do homenageado: - Vocês podem não estar gostando. Mas o Cabral está. Falei com ele em um centro espírita e ele agradeceu pela estátua. Texto Anterior: Multa fantasma; Silêncio obsequioso; Cortesia à parte; Tempo vira cinzas; Generosidade; Caça de autógrafos; Unanimidade; Mistério paulistano; Frente estatizante Próximo Texto: FHC faz apelo à maioria silenciosa e pressiona PMDB Índice |
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