São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 1995 |
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PMDB e governo travam Batalha de Itararé
MARTA SALOMON
O episódio da batalha política "que não houve" começou a se desenhar na noite de quarta-feira. Impressionados com a narração de um pesadelo do deputado Fernando Diniz (PMDB-MG), em que era atacado por manifestações de aposentados em sua base eleitoral, 10 dos 11 titulares do partido na CCJ decidiam votar contra a reforma da Previdência Social. "Seria o início do rompimento com o governo", contou o líder do PMDB na Câmara, Michel Temer (SP), localizado às 8h30 de ontem por FHC. Pelo telefone, o presidente pediu para que o partido reconsiderasse a decisão. O grupo da véspera voltou a se reunir logo depois. O líder apelou para a Bíblia e comparou o apoio dado ao governo ao pecado original, aquele de Adão e Eva. Junto ao líder do partido no Senado, Jáder Barbalho (PA), Temer assumiu o compromisso de reunir todos os 107 deputados, 22 senadores e nove governadores do PMDB para reavaliar o apoio a FHC. Não marcaram a data da reunião, que deverá acontecer em três semanas, no máximo. Michel Temer telefonou em seguida para o presidente. Avisou que não haveria confronto agora. Temer pediu a FHC que transforme em Ministério do Interior a Secretaria de Desenvolvimento Regional, ocupada pelo peemedebista Cícero Lucena. A "Batalha de Itararé" do PMDB deixou o partido no limbo, avalia o deputado Alberto Goldman (SP): "Se não dermos um passo adiante com mais espaço no governo, podemos dar um passo atrás, com o rompimento". Texto Anterior: Governo vence PMDB e aprova Previdência Próximo Texto: TRAJETÓRIA DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA Índice |
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