São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 1995 |
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Precocidade foi marca da carreira do músico
LUIZ ANTÔNIO RYFF
O músico foi um menino prodígio que aos 14 anos já tinha registro profissional e aos 16 formava com o maestro Radamés Gnatalli o grupo Camerata Carioca. Seu gosto pela música foi herdado dos avós, violonistas e compositores. Rabello iniciou sozinho os estudos de violão, aos 7 anos. Começou no violão clássico e em pouco tempo passou para o popular, dedicando-se especialmente ao choro. Aos 13 anos trocou o violão de seis cordas pelo de sete. Pelas mãos do violonista Oscar Castro-Neves, ele virou músico de estúdio em 79. Acabou gravando cerca de 400 discos e tocando com quase todos os astros da MPB, de Arthur Moreira Lima a Chico Buarque e Paulinho da Viola. Em 89, gravou o disco "Todos os Tons", com músicas de Tom Jobim, que afirmava: "O Raphael é o maior violonista do Brasil". Reconhecido internacionalmente como um dos difusores do choro, Rabello se apresentou no exterior e colheu elogios de músicos como o violonista espanhol Paco de Lucia e o violinista francês Stephane Grapelli. Era um músico comprometido com a tradição. "Quero fazer música nacional, com o apuro técnico que confunde o popular e o erudito", dizia. Texto Anterior: Violonista foi um Mozart para o chorinho Próximo Texto: IBGE estuda custo para realização de minicenso Índice |
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