São Paulo, domingo, 30 de abril de 1995
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Medicações ajudam a evitar doença cardíaca

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

Medicações que reduzem os níveis de colesterol no sangue são aliados importantes no combate às doenças cardíacas. Um estudo encerrado no fim de 94 na Escandinávia acompanhou por cinco anos mais de 4.000 pacientes infartados que tinham colesterol alto.
Metade dos pacientes seguiu apenas uma dieta e a outra metade usou uma dieta associada a uma medicação específica. O grupo que usou a associação remédio/dieta teve redução de 40% no risco de ter um novo infarto e sua taxa de mortalidade ficou 30% mais baixa.
Segundo Bertolami, a dieta ainda deve ser a primeira tentativa para diminuir o colesterol.
A pessoa é submetida a um regime controlado e aguarda de 3 a 6 meses para a redução dos níveis do colesterol. Quando o resultado da dieta não é satisfatório, o médico deve introduzir um remédio para otimizar o tratamento.
Bertolami diz que a medicação vai ser usada para o resto da vida. Se ela for interrompida, os valores do colesterol voltam a subir.
Nos casos em que a causa do colesterol elevado é um erro alimentar, a correção da dieta tem um efeito significativo.
Quando a causa é um problema genético (familiar), a dieta tem resultado limitado -reduz em cerca de 15% o valor do colesterol.
Um dos maiores problemas para o controle das dislipidemias (doenças do colesterol) é que a pessoa não sente qualquer alteração por muito tempo.
Quando o problema cardíaco se manifesta, a pessoa já esteve exposta durante décadas a níveis elevados de colesterol. Não se pode afirmar que todos os infartados tenham colesterol muito alto.
No entanto, quem tem níveis muito elevados corre mais riscos de ter um infarto e quem já tem algum comprometimento nas coronárias piora, ainda mais, quando o colesterol está elevado. (JB)

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