São Paulo, domingo, 30 de abril de 1995 |
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DHL terá centro de distribuição no Rio
FERNANDO CANZIAN
O investimento previsto é de US$ 5 milhões. "Mas poderemos gastar quanto for preciso neste projeto", disse o presidente para as operações da DHL nos EUA e Américas, Patrick Foley. Operando desde 1978 no país, a DHL -especializada no transporte de documentos e pequenas cargas em 224 países- detém 50% do mercado brasileiro. Em visita ao Brasil, Foley disse que a empresa planeja crescer 35% no país este ano. O empresário reclamou da estrutura estatal que hoje controla a distribuição de cargas no país. Leia a seguir trechos da entrevista concedida à Folha na semana passada: Folha - É verdade que a DHL quer abrir no Brasil um centro de distribuição de cargas para toda a América Latina? Patrick Foley - Sim. Estamos fechando acordo com a Prefeitura do Rio para isso. O centro de distribuição, sem similar na América Latina, deverá ser construído em um grande galpão abandonado no Aeroporto Internacional do Galeão. Planejamos investir o que for preciso. Teremos toda a estrutura de informática para controlar e agilizar o recebimento e a distribuição das cargas. Já temos negócios deste tipo nos EUA, Europa e em Cingapura. Folha - Por que o Rio e não São Paulo? Foley - Em São Paulo já há muitos problemas no aeroporto de Cumbica. Prometemos, por exemplo, entregar cargas de Chicago a São Paulo em dois dias. Mas quando a mercadoria chega ao Brasil, acaba ficando presa no aeroporto por problemas estruturais. Perdemos clientes com problemas desse tipo. Entendemos que o aeroporto tem um problema físico, de espaço, mas acho que o Brasil está muito atrasado tecnologicamente nesta área de controle de cargas via informática. Folha - Por que a escolha do Brasil e não de qualquer outro país da América Latina? Foley - Para nós, o Brasil é o país mais importante da América Latina. Nossas operações no Brasil representam US$ 40 milhões ao ano, o equivalente a 30% do total da América Latina. É uma pequena parte, embora importante, de nossos negócios mundiais, que somam US$ 3,5 bilhões ao ano. Folha - Qual sua expectativa em relação ao presidente Fernando Henrique Cardoso? Foley - Em todo os EUA estamos muito entusiasmados em relação ao novo presidente do Brasil. Achamos que ele realmente vai abrir a economia e levar adiante o processo de privatizações no país. Folha - Esta percepção pode mudar no caso de o presidente não conseguir aprovar as reformas que está propondo? Foley - Sim. Há muitas companhias em todo o mundo acompanhando para ver o que vai acontecer com os projetos de modernização. Esperamos que ele supere os problemas com o Congresso. Caso contrário, será um retrocesso. Texto Anterior: Auxiliar de Malan diz que governo não esgotou aperto Próximo Texto: Mercado de arte se recupera com Real Índice |
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