São Paulo, domingo, 30 de abril de 1995
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Explorações navegam em mitos

RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O nome Amazonas foi usado pela primeira vez pelo explorador espanhol Francisco Orellana, que desceu todo o rio em 1541 para chegar ao Peru.
No trajeto, ele combateu, segundo ele, índias guerreiras.
Orellana comparou-as às amazonas -guerreiras que, de acordo com a mitologia grega, habitavam a Ásia Menor (onde fica a atual Turquia). Para manejar melhor o arco, elas amputavam o seio.
Já a foz do Nilo era conhecida há milênios. A descoberta de sua lendária nascente exigiu, entretanto, uma série de expedições no século 19.
Eram aventuras geográficas, como a feita em 1857-58, por Richard Burton e John Hanning Speke (romanceada no filme "As Montanhas da Lua").
Burton e Speke se desentenderam sobre qual seria a verdadeira nascente. Burton achava que a fonte do Nilo era o lago Tanganika. Estava errado.
A nascente é um dos afluentes do rio Kagera, na Tanzânia, que deságua no lago Vitória. Ele deixa o lago onde antes havia as quedas de Ripon, hoje submersas, descobertas por Speke.
A história da exploração do Mississippi traz um outro tipo de peculiaridade. O rio foi explorado por franceses, apesar de ficar em um país colonizado por britânicos, os EUA.
Os franceses iniciaram o trajeto a partir do Canadá e também do sul, na região da Louisiana.
Os europeus souberam da existência desse rio por volta de 1634, graças às explorações do francês Jean Nicollet. Mais tarde, com as explorações de Louis Jolliet e René Robert de La Salle, eles seguiram o rio até o golfo do México.
Eram explorações dentro do espírito da época, de procura de oportunidades de comércio. (RBN)

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