São Paulo, domingo, 30 de abril de 1995 |
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Entenda a conversibilidade
JOSÉ ROBERTO CAMPOS; SÔNIA MOSSRI
Se o país perde dólares, o Banco Central é obrigado a recolher os pesos correspondentes. Esta é a situação de hoje. O impacto sobre o volume de moeda provocado pela crise mexicana, com a saída de US$ 7,5 bilhões (15% dos depósitos totais do sistema financeiro) gerou problemas para os bancos e contração dos empréstimos. A primeira é a captura de dólares no exterior, por empréstimos oficiais ou investimentos e aplicações de investidores estrangeiros. Esta última fonte secou após a falência do México. Na ausência da primeira alternativa, o reequilíbrio é automático. Há uma brutal recessão, as importações despencam, até que a economia se adeque ao novo volume de dólares disponível. É uma saída dura, de difícil apoio político. Se o país ainda perde reservas, devido a compromissos externos, das duas uma: ou o governo os renegocia ou se desvaloriza o câmbio, pondo fim à regra da paridade peso-dólar.(JRC e SM) Texto Anterior: Reeleição de Menem enfrenta crise silenciosa Próximo Texto: Economia aponta para a recessão Índice |
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