São Paulo, domingo, 30 de abril de 1995 |
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TV chega à nascente do Amazonas
MARIANA SCALZO
A jornalista Paula Saldanha, 41, seu marido, o biólogo Roberto Wernek, 44, um guia e três carregadores (arrieros, como são chamados no Peru) formaram a equipe que chegou a 5.300 metros de altitude, na Cordilheira dos Andes, no sul do Peru. "Sabíamos que o Amazonas era maior. Na década de 80, alguns pesquisadores peruanos mostraram isso. Tínhamos planos de fazer esta expedição desde os anos 70. O ano passado tomei a decisão e falei para o Roberto, vamos agora", explica Paula. A viagem foi feita em meados de novembro e durou um mês, aproveitando o final da primavera. No verão chove muito e no alto dos Andes há grandes tempestades de neve. O casal fez uma verdadeira maratona. Foram de avião até Lima. Da capital, voaram até Arequipa (cidade no sul do Peru). De lá, foram de carro até a cidade de Chivay, na base da cordilheira de Chiva, também ao sul do país. Em Tivai, há 3.500 metros de altitude, passaram por um período de aclimatação de três dias. "Sempre praticamos esportes, mas não fizemos nenhum preparo específico", conta a jornalista. Depois disso, saíram caminhando e acampando por quatro dias nas montanhas. Até chegar ao pico nevado de Mismi, onde fica a nascente do rio. "Quando vimos a água jorrando, foi uma emoção geral. Até chorei." Ao voltarem ao Brasil, levaram todo o material da pesquisa para o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). "Eles resolveram definir com exatidão a medida do Amazonas. Esse trabalho deve durar uns seis meses", diz. Depois de ser exibido no Brasil, "A Nascente do Amazonas" também irá ao ar pela TV peruana. "O governo do Peru ajudou muito na expedição e ficou supersatisfeito com o resultado", diz Paula. Texto Anterior: Microondas Próximo Texto: Seu Boneco troca a "Escolinha" pela Manchete Índice |
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