São Paulo, terça-feira, 2 de maio de 1995 |
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Zôo de Brasília usa terapias alternativas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O médico-veterinário Bernardo Alkmim, 33, do Zoológico de Brasília, que há seis anos pratica terapias ``alternativas" em animais, diz que somente doenças muito graves do gado precisam ser tratadas com alopatia.``No gado é até mais fácil que em outros animais, porque o produtor já conhece os problemas, que são rotineiros", diz Alkmim. Para ele, o criador, no mínimo, pode conciliar a homeopatia com a alopatia nos casos mais difíceis. Enquanto a alopatia é baseada na lei dos contrários, a homeopatia se fundamenta na lei dos semelhantes. Na homeopatia, o medicamento receitado apresenta os mesmos sintomas da doença. ``Os semelhantes curam-se pelos semelhantes", propõe o enunciado de Christian Friedrich Samuel Hahneman, criador da homeopatia. Já na alopatia, o remédio administrado visa combater um sintoma específico. Para um processo inflamatório, por exemplo, a alopatia utiliza um antiinflamatório. ``Funciona mesmo. A solução pode ser misturada a um xampu, mas deve ser usada semanalmente. Já existem também alguns carrapaticidas alopáticos que não penetram na corrente sanguínea", diz. Como vermífugo, ele usa chá de erva-de-santa-maria em forma de garrafada. O animal deve ser forçado a engolir o remédio. Contra a mastite, Alkmim recomenda uma pasta produzida com banha de porco e ervas aromáticas como unguento para massagear as tetas. No zoológico, o veterinário também utiliza a acupuntura (método terapêutico utilizado pelos chineses). A acupuntura pode ser usada ainda nos casos de retenção de placenta, combinada com lavagens de barbatimão. A planta, com efeito adstringente, ajuda a expelir a placenta. Texto Anterior: A crise do trigo Próximo Texto: Botucatu ganha laticínio orgânico em junho Índice |
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