São Paulo, terça-feira, 2 de maio de 1995 |
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Força Sindical promete paralisação pela reforma Greve acontece se a CUT fizer a sua, contra privatização CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (Força Sindical), disse que sua categoria pára ``dois ou três dias" após a greve da CUT. A CUT organiza paralisação, por tempo indeterminado, de petroleiros, telefônicos, eletricitários, trabalhadores do correio e funcionários públicos federais. ``É uma greve dos privilegiados, que têm estabilidade no emprego, e contra a população", disse Paulinho durante ato do 1º de Maio ontem no auditório do Palácio do Trabalhador. Segundo ele, os metalúrgicos estão ``cansados de levar o país nas costas" e vão parar ``para acabar com os privilégios" de um ``bando de vagabundos". O diretor da Força Sindical, José Ibrahim, disse, a uma platéia de 1.500 pessoas, que ``nós vamos radicalizar contra os que vão às ruas badernar." O presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, disse por telefone à Folha, que a greve do dia 3 será mantida. Vicentinho afirmou que ``desconsidera" as declarações da ``cúpula" da Força Sindical, que ``tem sérios problemas éticos". ``A greve é alternativa normal numa democracia", disse o ministro do Trabalho, Paulo Paiva. Além de Paiva, estiveram no 1º de Maio da Força Sindical, ontem de manhã, empresários, entre eles Sérgio Magalhães, presidente do Sindmaq (representa a indústria de máquinas), Élvio Aliprandi, presidente da Associação Comercial de São Paulo, e o sempre presente Joseph Couri, presidente do Simpi (micro e pequenas indústrias). O presidente da Força Sindical, Luiz Antônio de Medeiros, disse que as empresas pagam muito imposto hoje. Texto Anterior: Governo quer flexibilizar direito trabalhista Próximo Texto: Trabalhador tem que chorar, diz Lula Índice |
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