São Paulo, domingo, 7 de maio de 1995 |
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Tendência cria empresas de 'faz-tudo'
NELSON BLECHER
São empresas como a Inhaus, fundada por Annelise Lukine Brittes, que dois anos atrás abandonou a carreira de publicidade para se dedicar ao negócio de supermercado em casa. Entrega alimentos, bebidas e produtos de higiene e limpeza. Encomenda mínima: R$ 50,00, sem cobrança de taxa adicional. As vendas são feitas por telefone através de um catálogo de 18 páginas, editado mensalmente, que funciona como ``prateleiras" da Inhaus. Também atende pedidos por computador. Ou a Casa, Comida e Roupa Lavada, de Patida Mauad, que atua em quatro outras modalidades além das que figuram na marca da empresa: passa roupa, faz decoração, oferece office-boy e faxineira. A Inhaus tem 2.250 clientes cadastrados, fatura US$ 120 mil e o movimento cresce à razão de 15% ao mês. ``Quando comecei a tocar o negócio, 90% dos clientes eram mulheres. Hoje elas são 65%", afirma Annelise. No cadastro da Inhaus, o público masculino ganhou espaço. ``Lidar com `singles' é mais simples: são menos detalhistas", diz Marlon Tomanini, dono da Feira Phone. ``O problema é que às vezes é difícil de encontrá-los. Não param de trabalhar. Passo até quatro dias buscando contato", diz Patida. Exceto um cliente descasado que costumava fazer encomendas de frutas e verduras em volume e variedade capaz de alimentar uma família de quatro pessoas, a maioria dos solitários é comedida nas compras de verduras, legumes e frutas. ``Quando pedem acima de uma dúzia do mesmo item, eu próprio oriento para reduzir", afirma Tomanini. Os solitários costumam ser metódicos. Têm lista pronta e só de vez em quando mexem nela. Formam 25% da clientela da Feira Phone, mas suas compras correspondem a menos de 10% do faturamento de R$ 25 mil. O QG da empresa é um armazém fechado ao público, na Mooca (zona leste), que só atende por telefone. As entregas são feitas em até 24 horas e há 3.000 clientes cadastrados. May Suplicy atua na faixa dos serviços sofisticados, como a preparação de jantares. Sua empresa providencia de arranjo de flores a copeiras. ``Os `singles' moram em locais onde não cabe muita coisa. Levo móveis e objetos de decoração." Às vezes de sua própria casa, conta. May está no ramo há cinco anos. Faz segredo dos honorários e diz que seu serviço vai além do bufê. ``É personalizado", afirma. (NB) Texto Anterior: 'Singles' ocupam 43% dos 16 mil flats paulistanos Próximo Texto: 'Namoro para não entrar em pânico' Índice |
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