São Paulo, domingo, 7 de maio de 1995 |
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Agência une pessoas para viagens mais baratas
NELSON BLECHER
O clube é, na verdade, um engenhoso marketing bolado por um agência paulistana com apelo de fazer amigos e turismo por um preço mais barato. ``Uma pessoa sozinha chega a pagar o dobro em determinadas viagens", diz Milton Sanches, 48, presidente da operadora World Map, que faturou US$ 3 milhões em 1994. ``Se optar pelo Free People, a pessoas pode dividir a cabine dupla do navio." Sem pagar qualquer taxa, o ``single" preenche uma ficha de inscrição na qual estão relacionados dados pessoais e passa a receber mala direta com os roteiros. Pouco antes da viagem escolhida, é convidado para uma reunião, onde, entre drinques e salgadinhos, é apresentado ao companheiro de cabine ou apartamento, do mesmo sexo. No cadastro do clube predominam profissionais liberais, na faixa de 25 a 50 anos. O público feminino ocupa dois terços das fichas. ``Pode escrever: eles são sempre o grupo mais animado do navio", diz Sanches. Segundo ele tudo é motivo de brincadeira. O passageiro que perdeu a mala vira atração no improvisado show de talentos humorísticos. ``Não sai muito namoro", diz Sanches. ``Esse pessoal é convicto. Quer mesmo é se divertir e depois voltar a viver sozinho." Do contrário, o negócio do clube correria risco de ir a pique. A maioria (60%) navega rumo ao Caribe, numa média de 50 pessoas por mês. Há também roteiros para Porto Seguro, Maceió e Natal. (NB) Texto Anterior: 'Namoro para não entrar em pânico' Próximo Texto: Livro revela o aprendizado com a solidão total Índice |
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