São Paulo, domingo, 7 de maio de 1995
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Síndico consegue suspender shows em choperia de SP

Som perturbava moradores de prédio na zona oeste

ESPECIAL PARA A FOLHA

Aloísio Lemos Muller, síndico do edifício Residencial Pompéia Nobre, no bairro de Pompéia (zona oeste de SP), ganhou uma importante batalha em nome do condomínio: conseguiu suspender os shows da choperia do Sesc Pompéia.
Sem revestimento acústico adequado, o som da choperia perturbava os moradores do prédio. Foram cinco anos de batalha, com queixas na Administração Regional da Lapa e algumas multas, de baixo valor, aplicadas ao Sesc. Os shows nunca foram interrompidos -só se conseguiu fixar o término deles para as 23 horas.
Recentemente, Muller apresentou queixa contra o barulho do Sesc junto ao Psiu (Programa de Silêncio Urbano), criado pelo prefeito Paulo Maluf para manter o barulho dentro dos limites estabelecidos na Lei do Silêncio.
Os técnicos do Psiu visitaram o local e advertiram o Sesc de que, se os shows persistissem, teria de pagar uma multa de R$ 12 mil. Os shows da choperia pararam.
Os outros problemas do edifício são mais prosaicos. Há um condômino que se recusa a pagar a taxa de condomínio. Três anos atrás chegou a fazer um acordo judicial de pagamento da dívida, mas pagou só a primeira parcela. A dívida está sendo executada.
Um outro insistia em usar gás de botijão, quando a lei determina que prédios só usem gás de rua. ``Chamei os bombeiros e o Contru (Departamento de Controle e Uso de Imóveis), que mandaram o morador adequar-se às normas", diz Muller.
No mais, há os que estacionam mal, os que levam estranhos para a piscina, sauna ou musculação. ``Já avisei todos que isso é proibido. Agora vou começar a multar, como prevê o regulamento interno do prédio", adverte.
Naum Szulman, síndico do condomínio Lugano Locarno, em Higienópolis (região central), recentemente viu-se às voltas com o arrombamento de dois apartamentos, dos quais foram furtados vários objetos.
``A polícia ainda está investigando, mas ao que parece o crime foi praticado por moradores do próprio edifício."
Além dos furtos, Szulman também enfrenta os que deixam de pagar a taxa de condomínio.

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